A materialidade das ausencias en Lua Cheia
Contido principal do artigo
Resumo
Ao pensarmos no livro-objeto contemporâneo, devemos levar em consideração os diversos elementos que constituem seu projeto gráfico e a maneira que eles contribuem para a construção narrativa. Portanto, analisaremos a obra Lua Cheia (2011), do francês Antoine Guilloppé, a partir de seus aspectos materiais e da forma como eles ampliam as possibilidades de leituras poéticas. Fundamentados em questões do design gráfico, observaremos de que maneira esse livro oferece uma leitura múltipla, um jogo de percepção que se expande para além das fronteiras do objeto, por meio da técnica do papercut. Abordaremos a materialidade por meio dessa obra na qual é a ausência que opera do início ao fim: o negativo, a não-figura, as não-cores e as lacunas criadas por recortes no papel; todos esses elementos que constroem esse livro-objeto o tornam frágil na manipulação, mas robusto em suas possibilidades de leitura. Esse trabalho tem como objetivo ampliar a discussão acerca de livros-objetos e suas técnicas, que se fazem presentes não como meros ornamentos, mas como aplicações que expandem significados narrativos.
Palabras chave
Detalles do artigo
Citas
Agamben, G. (2018). O Fogo e o Relato: ensaios sobre criação, escrita, arte e livros. Boitempo.
Alaca, I. V. (2015). Materiality in picturebooks. Em B. Kümmerling-Meibaeur (Ed.), The Routledge Companion to Picturebooks (pp. 59-68). Routledge. https://doi.org/10.4324/9781315722986-7
Alaca, I. V. (2019). Materiality in Picturebooks: An Introduction. Libri & Liberi, 8 (2), 243–255. https://doi.org/10.21066/carcl.libri.8.2.8
Carrión, U. (2011). A nova arte de fazer livros. C/ Arte.
Do Rozario, R.-A. (2012). Consuming Books: synergies of materiality and narrative in picturebooks. Children’s Literature, 40, 151–166. https://doi.org/10.1353/chl.2012.0013
Guilloppé, A. (2010). Pleine Lune. Gautier Languereau.
Guilloppé, A. (2011). Lua Cheia. Salamandra.
Guilloppé, A. (2011). Pleine Soleil. Gautier Languereau.
Guilloppé, A. (2012). Ma Jungle. Gautier Languereau.
Haslam, A. (2006). Book Design. Harry N. Abrams Books.
Kandinsky, W. (2008). Gramática da Criação. Editora 70.
Kandinsky, W. (2015). Do Espiritual na Arte. Martins Fontes.
Kümmerling-Meibauer, B. e Meibauer, J. (2019). Picturebooks as Objects. Libri & Liberi, 8 (2), 257–278. https://doi.org/10.21066/carcl.libri.8.2.1
Lupton, E. (2008). Novos fundamentos do design. Cosac Naify.
Mackey, M. (2008). Postmodern Picturebooks and the Material Conditions of Reading. Em R. S. Lawrence e S. Pantaleo (Ed.), Postmodern Picturebooks: Play, Parody and Self-Referentiality (pp. 103-117). Routledge Research in Education.
Pastoreau, M. (2011). Preto: história de uma cor. SENAC.
Santaella, L. (2005). Matrizes da linguagem e pensamento: sonora, visual, verbal: aplicações na hipermídia. Iluminuras e FAPESP.
Yannicopoulou, A. (2013). The materiality of picturebooks: Creativity activities. Em T. Kotopoulos (Ed.), 1st International Conference on “Creative Writing”. https://www.semanticscholar.org/paper/The-materiality-of-picturebooks-Creativity-Yannicopoulou/e97e203a3f450bc6551e0847cb886641a4cc1c76
Artigos máis lidos do mesmo autor/a(s)
- Ana Margarida Ramos, Diana Navas, Narrativas xuvenís: o fenómeno “crossover” na literatura portuguesa e brasileira , Elos: Revista de Literatura Infantil e Xuvenil: No 2 (2015)
- Ana Margarida Ramos, Diana Navas, Voces íntimas e olladas persoais: sobre a focalización interna na literatura xuvenil portuguesa e brasileira , Boletín Galego de Literatura: No 48 (2016): 1º semestre
- Ana Margarida Ramos, Diana Navas, Livro-álbum e cinema: um diálogo interartes , Elos: Revista de Literatura Infantil e Xuvenil: No 7 (2020)