Elos: Revista de Literatura Infantil e Xuvenil

Usos narrativos e significados da dobra: contribucións para o estudo da metaficcionalidade no álbum ilustrado contemporáneo

Ana Margarida Ramos — 2022-12-23

A partir dun corpus de libros-álbums contemporáneos que exploran as potencialidades narrativas da dobra, este estudo pretende reflexionar sobre o impacto do uso da metaficción no contexto da literatura infantil, subliñando a forma en que a sofisticación e a complexidade destas estratexias tamén está ao servizo do lúdico e do entretemento para os lectores máis novos. A materialidade do libro-álbum e o seu deseño gráfico non só xogan un papel na construción dun artefacto esteticamente sofisticado e atractivo, senón que tamén interveñen na acción narrativa e no conflito, nunha estratexia autorreferencial. Tamén se propón unha tipoloxía dos distintos tipos de funcionalidades da dobra nos volumes onde desempeña un papel narrativo, definindo catro tipoloxías diferenciadas: divisor físico, divisor imaxinado, pórtico e mecanismo de creación de movemento.

Reverberações dos espaços na escuta dos afetos: o livro pop-up pelas mãos de Anna Llenas

Dulce Melão — 2022-03-16

Nesta reflexão procura-se dar a ler/ver o livro pop-up Gosto de ti (quase sempre) de Anna Llenas (2020), encarando-o como artefacto estético que convoca a participação dos leitores, em processos de contínua sedução. O artigo norteia-se por três objetivos principais: i) indagar o modo como os espaços reconstruídos na dupla página instigam uma multidimensionalidade lúdica e criativa que fomenta a empatia; ii) pôr a descoberto o caráter plurissignificativo das materialidades deste livro pop-up, para a compreensão da aceitação do Outro, potenciando a vivência de emoções que vão ao reencontro de práticas de cidadania responsável e ativa; iii) sugerir itinerários de leituras, potenciados pelas peculiaridades reapresentadas no espaço da página. Conclui-se que este livro se institui como invulgar tecido permeado de afetos que reverberam nos múltiplos espaços que as páginas desvelam, tornando-se matéria vivaz que toca os olhos dos leitores, alimentando a empatia.

Un paralelo entre a Teoría Semiolingüística de Análise do Discurso e a literatura crossover

Júlia Vieira Correia — 2022-06-01

Este traballo ten por obxectivo principal presentar as posíbeis relacións entre a área da lingüística e a área da literatura no que concirne aos álbums ilustrados. Os obxectivos específicos, nese sentido, son detallar aspectos da Teoría Semiolingüística de Análise do Discurso, ben como da Literatura Infantil e Xuvenil e da literatura crossover, amosando os puntos de aproximación relevantes para a análise dalgúns libros clasificados prioritariamente como infantís e xuvenís. Para isto, a fundamentación teórica apoiarase, sobre todo, en estudos de Patrick Charaudeau (2013, 2016, 2018a, 2018b); Sandra Beckett (2009); Ana Margarida Ramos (2014, 2017); Nikolajeva e Scott (2011); Peter Hunt (2010) e Sophie Van der Linden (2011). Como corpus, o estudo conta con títulos de diferentes países, publicados en Brasil nos idiomas orixinais e traducidos: A parte que falta (Silverstein, 2018a); A parte que falta encontra o grande O (Silverstein, 2018b); Fico à espera (Cali, 2007); Flicts (Ziraldo, 2012); e Meninas (Ziraldo, 2016). Espérase comprobar, nos resultados, que as dúas grandes áreas teñen puntos de intersección que se suman, converxendo nunha análise produtiva de fenómenos antigos e actuais na literatura para nenos e mozos ou incluso sen idade.

Contos de Andersen em livros-objeto: ontem e hoje

Diana Martins — 2022-04-22

O presente estudo reflete sobre as singularidades verbo-estéticas e gráficas que caracterizam cinco livros-objeto construídos a partir de três contos do dinamarquês Hans Christian Andersen (1805-1875), designadamente O Isqueiro Maravilhoso, com ilustrações de Vojtěch Kubašta, distribuído pela Electroliber; O Soldadinho de Chumbo, inscrito na coleção “Era uma vez”, da Agência Portuguesa de Revistas, bem como três edições contemporâneas, a saber: O Soldadinho de Chumbo (2004), da Asa Editores; A Pequena Sereia (2018), de Sébastian Pelon, uma publicação da Dom Quixote, e, finalmente, A Pequena Sereia (2020), da Booksmile, com ilustrações de Gwé. É nosso intuito tornar evidente que estas publicações de forma(to)s diferenciada(o)s e sensorialmente apelativa(o)s podem funcionar como portas de entrada para o universo fantasioso da obra literária deste célebre contador de histórias.

A coleção Dois passos e um salto como processo de resistência

Maria João Lopes — 2022-11-23

Este trabalho pretende refletir sobre os livros juvenis da coleção Dois Passos e Um Salto, da editora Planeta Tangerina, do ponto de vista crítico adotado pelos Estudos Culturais, mas em diálogo com os Estudos Literários. Para tal, será preciso posicionar as obras tendo em conta não só o tecido literário, mas também outras camadas de leitura e análise. Situar-se-ão, nessa perspetiva analítica, as questões de legitimação, respeitantes às relações de poder entre cânone e periferia; as temáticas do hibridismo literário e da multimodalidade artística, nas suas vertentes de transgressão à ideia de género literário e de fronteiras entre linguagens artísticas; e, ainda, as dimensões da articulação entre a linguagem e as representações do mundo, atendendo em particular às dinâmicas de repetição e inovação. Não se pretenderá analisar exaustivamente todas as obras, mas antes fazer emergir delas outros caminhos interpretativos e perceber como podem igualmente constituir-se como processos de resistência.

A materialidade das ausencias en Lua Cheia

Luara Teixeira de Almeida — 2022-12-20

Ao pensarmos no livro-objeto contemporâneo, devemos levar em consideração os diversos elementos que constituem seu projeto gráfico e a maneira que eles contribuem para a construção narrativa. Portanto, analisaremos a obra Lua Cheia (2011), do francês Antoine Guilloppé, a partir de seus aspectos materiais e da forma como eles ampliam as possibilidades de leituras poéticas. Fundamentados em questões do design gráfico, observaremos de que maneira esse livro oferece uma leitura múltipla, um jogo de percepção que se expande para além das fronteiras do objeto, por meio da técnica do papercut. Abordaremos a materialidade por meio dessa obra na qual é a ausência que opera do início ao fim: o negativo, a não-figura, as não-cores e as lacunas criadas por recortes no papel; todos esses elementos que constroem esse livro-objeto o tornam frágil na manipulação, mas robusto em suas possibilidades de leitura. Esse trabalho tem como objetivo ampliar a discussão acerca de livros-objetos e suas técnicas, que se fazem presentes não como meros ornamentos, mas como aplicações que expandem significados narrativos.

O livro ilustrado sob diferentes olhares: uma análise verbo-visual e de recepção de A visita de Antje Damm

Camila Alves de Melo — 2022-06-13

Este estudo toma como foco a materialidade do livro infantil ilustrado A visita, de Antje Damm, a partir de um duplo olhar: o da análise verbo-visual e o da recepção da obra entre leitores brasileiros de diferentes idades, a partir de resenhas escritas por usuários do Skoob, uma rede social brasileira destinada exclusivamente aos livros. A análise verbo-visual aponta que o texto visual não é meramente descritivo, representando estritamente aquilo que está presente no texto verbal. Ao contrário, a visualidade oferece algumas chaves potentes de reflexão ao leitor, às vezes deixando que a leitura das imagens se sobressaia na produção de sentidos. A análise de recepção mostra que os leitores percebem e destacam a importância e a qualidade da visualidade na construção da narrativa, bem como expressam a capacidade do livro de evocar emoções de diferentes ordens. Os leitores também pontuam a potência da obra em dialogar com diferentes grupos etários, não se restringindo ao público infantil, a quem originalmente se destina. A visita é um livro ilustrado que exige de leitores de todas as idades um olhar sensível e competente, com especial abertura para as potencialidades da visualidade.

Ismália, de Alphonsus de Guimaraens e ilustracións de Odilon Moraes: experiencias lectoras co poema/libro-obxecto

Juliana Pádua Silva Medeiros — 2022-11-30

O obxectivo deste artigo é discutir as potencialidades sígnicas do poema simbolista de Alphonsus de Guimaraens (1870-1921) "Ismália" (1923, publicación póstuma), retraballado en formato libro-obxecto, dado que o artista-investigador Odilon Moraes trae unha proposta que convida á lectura nunha edición ilustrada de Ismália, resignificando así un clásico literario do século XX. Nesta obra, previamente publicada por Cosac Naify (2006 e 2014) e, hoxe, polo Sesi-SP (2018), Moraes crea un proxecto gráfico que valoriza a sonoridade do poema a partir dun xogo estético-lúdico coas dobras do papel e a disposición das imaxes nas “páxinas”, dando novos ritmos á lectura que se torna, na manipulación física do obxecto, performativa. Crendo que a arquitectura textual deste artefacto poético desperta o interese dos alumnos por un texto con case 100 anos, proponse un traballo de mediación co libro á luz das seguintes bases teóricas: Derdyk (2013), Martins e Silva (2020), Palo (2019), Zumthor (2005), Carrión (2011), Navas (2019), Navas e Ramos (2020), entre outros.

O Principezinho en clave pop-up

Mar Fernández-Vázquez — 2022-08-31

Este traballo pretende resaltar a técnica pop-up empregada polos enxeñeiros do papel como unha vía para ter en conta á hora de potenciar o contido textual e icónico de obras clásicas como Le Petit Prince, de Antoine de Saint-Exupéry en base á materialidade do libro. Nun primeiro momento, enuméranse e descríbense os elementos do pop-up empregados na edición de O Principezinho. O Grande livro Pop- up. Texto integral pola lisboeta Editorial Presença a partir das claves ofrecidas por David A. Carter e James Díaz en 1999 e dos exemplos inseridos por David Carter nas súas propias obras 600 puntos negros e Ruido Blanco. Despois de especificar que os libros-obxecto-artefacto resultan máis adecuados para un lectorado competente, participativo e cómplice que sexa capaz de debullar o xogo textual e visual ofrecido por Saint-Exupéry desde a edición orixinal, e de captar a nova lectura visual en pop-up, destácase a proposta de (re)lectura didáctica de O Principezinho, tras interpretar o significado que a enxeñería do papel achegou a esta narración clásica.

Manipulación física e lectura: os libros artesanais de Cintia Martín

Carmen Ferreira Boo — 2022-07-21

O libro-obxecto aproxima a linguaxe literaria e artística á infancia dunha forma experimental, concedendo importancia á materialidade á hora de construír a narrativa. Tamén promove un lector que debe interactuar e manipular a obra manipulalo para avanzar no argumento ou buscar o sentido. Así, propíciase unha lectura máis suxestiva e enriquecedora, que cuestiona a forma tradicional de ler e que ten en conta a dimensión física, interactiva, lúdica e laboratorial. Analízase a nivel de deseño, ilustracións e texto narrativo a peculiar produción da ilustradora Cintia Martín, concretamente os libros flexágonos Tres cuentos infinitos, Tres historias cortas e El beso, ademais do libro acordeón Veo bichos e El secreto de las vocales, dentro do proxecto de Ediciones Tralarí. Conclúese que son produtos artesanais feitos a man que requiren unha manipulación real do libro para a construción da narrativa e o avance na lectura, cunha clara conxunción entre a dimensión material física, a linguaxe verbal e visual para a interpretación total da historia.

Gemma Lluch y Aránzazu Sanz Tejeda (2021). Analizar relato #LIJ. Ediciones de la Universidad de Castilla-La Mancha.

Patricia Moreno Escribano — 2022-09-02

Arsenio Jesús Moya Guijarro y Cristina Cañamares Torrijos (Coords.) (2020). Libros álbum que desafían los estereotipos de género y el concepto de familia tradicional. Ediciones de la Universidad de Castilla-La Mancha.

David Moreno Escribano — 2022-10-17

Neira Rodríguez, M., Blanca-Ana Roig Rechou e Isabel Soto López (Coords.) (2022). Cómic e literatura. Edicións Xerais de Galicia.

María Vidal-Franco — 2022-12-20