Contido principal do artigo

Filipe Senos Ferreira
Universidade de Aveiro
Portugal
https://orcid.org/0000-0002-5890-6812
No 8 (2021), Notas, páxinas 1-15
DOI https://doi.org/10.15304/elos.8.7502
Recibido: 15-02-2021 Aceptado: 13-07-2021 Publicado: 30-12-2021
Copyright Como citar Citado por

Resumo

As adaptações para jovens de literatura canónica – visando minorar os desfasamentos linguístico-culturais existentes entre a época da receção do texto e a da sua redação e almejando, consequentemente, propiciar a estes leitores em flor um contacto com o cânone literário (Müeller, 2013) – fazem uso de uma série de procedimentos simplificadores que tendem a coincidir com algumas das operações hipertextuais de reformulação textual propostas por Gérard Genette (1989), em Palimpsestes. Partindo destes pressupostos teóricos, tratamos aqui de perceber, por um lado, por que razão e com que finalidade são os textos canónicos – e em especial, alguns dos contos de Eça de Queirós – alvo de adaptações literárias juvenis e de analisar, por outro, as modalidades genettianas de reformulação textual presentes em A aia, adaptação de Luísa Ducla Soares do conto eciano homónimo, inserto na coletânea Seis Contos de Eça (2000).