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Beatriz dos Santos Feres
Universidade Federal Fluminense (Rio de Janeiro-Brasil)
Brasil
Biografía
No 3 (2016), Artigos
DOI https://doi.org/10.15304/elos.3.2809
Recibido: 05-10-2015 Aceptado: 11-02-2016 Publicado: 30-03-2016
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Resumo

Como ben de interese cultural, o libro ilustrado presenta unha complexa conformación e require a observación de estratexias de lectura que auxilien o mediador no seu labor de captación do lector e de desenvolvemento da súa competencia interpretativa e fructifera. En contraste coa narratividade predominante no aspecto verbal do texto, o aspecto visual do libro ilustrado é considerado maioritariamente descriptivo e, así, participa dunha construción de sentidos baseada en inferencias e afectos, propicia para a avaliación dos seres e das cousas, pero tamén para a poeticidade. Este traballo pretende cuestionar o modo de significar do libro ilustrado, destacando mecanismos relacionados coa función descritivo-discursiva da verbovisualidade, co fin non só de comprender con maior profundidade o proceso significativo, senón tamén de contribuír á formación de mediadores da lectura conscientes das potencialidades dos textos. A base teórica do traballo está constituída por conceptos provenientes, sobre todo, da Teoría Semiolingüística da Análise do Discurso (Charaudeau, 2008; 2013), ademais de aspectos máis específicos do libro ilustrado (Nicolajeva e Scott, 2011; Linden, 2011). Para comprobar a efectividade desa función descriptivo-discursiva, elixíronse para a súa análise, obras ilustradas por Graça Lima, Odilon Moraes, Nelson Cruz, Marilda Castanha e Ellen Pestilli, entre outros.

 

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