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Carlos Gontijo Rosa
Pontifícia Universidade Católica de São Paulo
Brasil
https://orcid.org/0000-0001-6648-902X
Núm. 59 (2021): 2º semestre, Estudios, Páginas 1-21
DOI: https://doi.org/10.15304/bgl.59.7715
Recibido: 16-05-2021 Aceptado: 13-10-2021 Publicado: 30-12-2021
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Resumen

Neste artigo, propomo-nos a reflexão do “quebra-cabeça literário” intitulado S., escrito por J. J. Abrams e Doug Dorst, publicado nos EUA em 2013 e no Brasil em 2015. A obra literária estrutura sua narrativa metaficcionalmente, o que quer dizer que tudo o que explicarmos faz parte da ficção construída pelos autores empíricos. A base para o quebra-cabeças é o romance O navio de Teseu, escrito por V. M. Straka e editado por F. X. Caldeira, que também escreve a “Nota de tradução e prefácio”. Sobre (“acerca de” e “em cima de”) a obra, dois leitores dialogam, comentando a publicação, o autor, o editor e a si próprios. É dessa sobreposição de vozes que extraímos nossa reflexão acerca da obra, no sentido de rastrear visões teórico-críticas presentes nos elementos meta-paratextuais de O navio de Teseu, cujas autorias ficcionais pertencem às personagens Caldeira, no prefácio e nas notas de rodapé, e Jennifer e Eric, nas marginálias. Há uma tensão entre os críticos-leitores da obra de Straka que será explorada para identificar uma narrativa secundária de ordem metaliterária. Ao final, busca-se evidenciar como a materialidade gráfica do livro-objeto interfere e constrói, ela própria, uma narrativa a mais em S.