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Dulce Melão
Escola Superior de Educação de Viseu - Instituto Politécnico de Viseu
Portugal
https://orcid.org/0000-0002-1608-1074
No 9 (2022), Artigos, páxinas 1-12
DOI https://doi.org/10.15304/elos.9.7867
Recibido: 26-07-2021 Aceptado: 21-10-2021 Publicado: 16-03-2022
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Resumo

Nesta reflexão procura-se dar a ler/ver o livro pop-up Gosto de ti (quase sempre) de Anna Llenas (2020), encarando-o como artefacto estético que convoca a participação dos leitores, em processos de contínua sedução. O artigo norteia-se por três objetivos principais: i) indagar o modo como os espaços reconstruídos na dupla página instigam uma multidimensionalidade lúdica e criativa que fomenta a empatia; ii) pôr a descoberto o caráter plurissignificativo das materialidades deste livro pop-up, para a compreensão da aceitação do Outro, potenciando a vivência de emoções que vão ao reencontro de práticas de cidadania responsável e ativa; iii) sugerir itinerários de leituras, potenciados pelas peculiaridades reapresentadas no espaço da página. Conclui-se que este livro se institui como invulgar tecido permeado de afetos que reverberam nos múltiplos espaços que as páginas desvelam, tornando-se matéria vivaz que toca os olhos dos leitores, alimentando a empatia.