Estereotipos de xénero nos libros infantís premiados
Contido principal do artigo
Resumo
Neste artigo revisitamos as conclusões mais importantes de uma investigação conduzida por esta autora no âmbito do seu Mestrado, onde analisou os estereótipos de género nos livros premiados pela SPA / RTP na categoria "Melhor Livro Infantil e Juvenil" de 2010 a 2017 e indagou sobre a presença de questões de género nos critérios subjacentes à sua seleção. As conclusões desta investigação vão ao encontro das conclusões de vários outros estudos internacionais, nomeadamente a sub-representação feminina, evidente na sua total ausência como personagens centrais. Outras desigualdades de género foram também identificadas em categorias como: hobbies, tempo de lazer e tarefas domésticas / responsabilidades, onde os períodos de descanso e "não fazer nada" dos personagens masculinos contrastam com as tarefas de cozinhar e limpar atribuídas às personagens femininas. Uma conclusão surpreendente foi a não linearidade das mensagens de género, podendo o mesmo livro alternar entre mensagens estereotipadas e outras promotoras de igualdade.
Palabras chave
Detalles do artigo
Citas
Amâncio, L. (1994). Masculino e Feminino – A Construção Social da Diferença, Porto: Edições Afrontamento/ICS.
Amâncio, L. (org.) (2001). “Sexo e Género”, Psicologia, XV, 1, Oeiras: Celta Editora.
Anderson, D., & Hamilton. M. (2005).’Gender Role Stereotyping of Parents in Children’s Picture Books: The Invisible Father’, Sex Roles, 55. Consultado em 23 de Outubro de 2017, https://www.researchgate.net/publication/226104545
Azevedo, F. et al. (2015). ‘A alteridade na Literatura Infantil contemporânea publicada no espaço ibérico: algumas vozes e configurações na construção do género’, Elos: revista de literatura infantil e xuvenil, 2, 119-130. Consultado em 23 de Outubro de 2017, http://www.usc.es/revistas/index.php/elos/article/view/2569/pdf
Basow, S. (1986). Gender stereotypes. Traditions and alternatives. Monterey, Calif.: Brooks/Cole Pub. Co.
Bastos, G. (1999). Literatura Infantil e Juvenil. Lisboa: Universidade Aberta.
Bandura, A. (1977). Social learning theory. Englewood Cliffs, NJ: Prentice Hall.
Bock, G. (1991). ‘Challenging Dichotomies: Perspectives on Women’s History’. In Offen, K., Pierson, R., & Rendall, J. (orgs) Writing Women’s History International Perspectives. Londres: Palgrave Macmillan UK.
Bornstein, K. (1994). Gender Outlaw: On Men, Women and the Rest of Us. New York: Routledge.
Brugeilles, C. et al. (2002). ‘Les représentations du masculin et du féminin dans les albums illustrés ou Comment la littérature enfantine contribue à élaborer le genre’. Population, 57, (2). Consultado em 23 de Outubro de 2017, http://www.cndp.fr/crdpcreteil/telemaque/comite/fem-masculin-Cromer.pdf
Butler, J. (1990). Gender Trouble: Feminism and the Subversion of Identity. New York and London: Routledge.
Cardona, M. et al. (coord.). (2015). Guião de educação Género e cidadania 1º ciclo. Lisboa: Comissão para a Cidadania e a Igualdade de Género. Consultado em 23 de Outubro de 2017, http://www.arteset.com/NET_Guiao_1Ciclo_220915.pdf
Connell, R. (1998). Gender & Power. Stanford: Stanford University Press.
Feinberg, L. (1992). TransGender Liberation: A Movement Whose Time Has Come. New York: World View Forum.
Goffman, E. (1979). Gender advertisements. New York: Harper & Row, Publishers.
Golombock, S., & Fivush, R. (1994). Gender development. Cambridge: Cambridge: University Press.
Gooden, A., & Gooden, M. (2001), ‘Gender Representation in Notable Children’s Picture Books: 1995-1999’, Sex Roles, 45, (1/2). Consultado em 23 de Outubro de 2017, https://www.researchgate.net/publication/226750385
Hamilton, M. et al. (2006). ‘Gender Stereotyping and Under-representation of Female Characters in 200 Popular Children’s Picture Books: A Twenty-first Century Update’, Sex Roles, 55. Consultado em 23 de Outubro de 2017, https://www.researchgate.net/publication/225634574
Kessler, S., & McKenna, W. (1985). Gender: An Etnomethodological Approach. Chicago: University of Chicago Press.
Kolhberg, L. (1966). ‘A cognitive-developmental analysis of children’s sex-role concepts and attitudes’. In Maccoby, E. (Ed.), The development of sex differences, Stanford. Stanford: Standford University Press.
Leal, I. (1982). O masculino e o feminino em literatura infantil, Cadernos de Condição Feminina, 16. Consultado em 23 de Outubro de 2017, http://cid.cig.gov.pt/nyron/Library/catalog/winlibimg.aspx?skey=68394629AF2347A8 83A99C6974F5EFE9&doc=2243&img=139258&save=true
Martínez, N., & Torres, C. (2014). ‘La Mochila Violeta - Guía De Lectura Infantil Y Juvenil No Sexista Y Coeducativa’. Granada: Delegación de Igualdad de Oportunidades y Juventud. Consultado em 23 de Outubro de 2017, https://www.dipgra.es/uploaddoc/contenidos/11313/Gu%c3%ada%20de%20lectura %20infantil%20La%20mochila%20violeta.pdf
Mischel, W. (1966). ‘A social learning view of sex differences in behavior’. In Maccoby, E. (Ed), The development of sex differences. Standford, CA: Standford University Press.
Narahara, M. (1998a). Gender stereotypes in children’s picture books. National Center For Research on Teacher Learning. Consultado em 23 de Outubro de 2017, https://files.eric.ed.gov/fulltext/ED419248.pdf
Narahara, M. (1998b). Gender Bias in Children's Picture Books: A Look at Teachers' Choice of Literature. California: University of California, Long Beach. Consultado em 23 de Outubro de 2017, https://files.eric.ed.gov/fulltext/ED419247.pdf
Nogueira, C., & Saavedra, L. (2007), ‘Estereótipos de Género. Conhecer para os Transformar’. Cadernos Sacausef: Igualdade de Género. Lisboa: Ministério da Educação.
Nunes, A. (2017). Era uma vez…Estereótipos de Género nos Livros Infantis (Dissertação de Mestrado, ISCTE – Instituto Universitário, Lisboa). Consultado em 23 de Outubro de 2017, https://repositorio.iscte-iul.pt/bitstream/10071/15609/1/andreia_rebelo_nunes_diss_mestrado.pdf
Oakley, A. (1972). Sex, gender and society. London: Temple Smith.
Paynter, K. (2011). Gender Stereotypes And Representation Of Female Characters In Children‘s Picture Books (Doctoral dissertation, Faculty of the School of Education, Liberty University. Consultado em 23 de Outubro de 2017, https://www.academia.edu/13152698/Gender_Stereotypes_and_Representation_of_Female_Characters_in_Children_s_Picture_Books
Pereira, M. (2012). Fazendo género no recreio. A negociação do género em espaço escolar. Lisboa: ICS – Instituto de Ciências Sociais. Perista, H. et al. (2016). Os Usos do Tempo de Homens e de Mulheres em Portugal. Lisboa: CESIS/CITE. Consultado em 23 de Outubro de 2017, http://cite.gov.pt/asstscite/downloads/publics/INUT_livro_digital.pdf
Pomar, C. et al. (coord.). (2012). Guião de Educação Género e Cidadania, 2º Ciclo. Lisboa: Comissão para a Cidadania e a Igualdade de Género. Consultado em 23 de Outubro de 2017, https://www.cig.gov.pt/wp-content/uploads/2013/12/guiao_educa_2ciclo.pdf
Reis, C., & Figueiredo, V. (1995). O Conhecimento da literatura – Introdução aos Estudos Literários - Caderno de Apoio. Lisboa: Universidade Aberta.
Ruquoy, D. (1997). “Situação de entrevista e estratégia do entrevistador”, em Albarello, L. & et al., Práticas e Métodos de Investigação em Ciências Sociais, 84-116. Lisboa: Gradiva.
Saleiro, S. (2013), Trans Géneros: Uma abordagem sociológica da diversidade de género (Tese Doutoral, ISCTE – Instituto Universitário, Lisboa. Consultado em 23 de Outubro de 2017, https://repositorio.iscte-iul.pt/handle/10071/7848
Saleiro, S. (2014). Entre ‘sapos’ e ‘princesas’: modos, tempos e espaços de vivência crossdresser”. Comunicação apresentada no VIII Congresso Português de Sociologia, Lisboa: Associação Portuguesa de Sociologia. Consultado em 23 de Outubro de 2017, https://ciencia.iscteiul.pt/publications/entre-sapos-e-princesas-modos-tempos-e-espacos-de-vivencia-crossdresser/26050
Sotto Mayor, D. (2014). Tipologias De Livros Infanto-Juvenis: O Caso Do Prémio Nacional De Ilustração. Comunicação apresentada no 10.º Encontro Nacional de Investigação em Leitura. Braga: CIEC.
Stryker, S. & e Whittle, S. (2006). The Transgender Studies Reader. New York: Routledge.
Taylor, F. (2003). ‘Content Analysis and Gender Stereotypes in Children's Books’, Teaching Sociology, 31, 3. Consultado em 23 de Outubro de 2017, https://www.jstor.org/stable/3211327 Transgender Europe (2016). Glossary. Consultado em 23 de Outubro de 2017, https://tgeu.org/glossary/
Vala, J. (1986). ‘A análise de conteúdo’. In Silva, A., & Pinto, M. (Orgs.). Metodologia das ciências sociais, 102-128. Porto: Afrontamento.
Van der Linden, S. (2008). L'album, le texte et l'image. Le français aujourd'hui, 161 (2). Consultado em 23 de Outubro de 2017, https://www.cairn.info/revue-le-francaisaujourd-hui-2008-2-page-51.htm
Wall, K. et al. (coord.). (2016). Livro Branco – Homens e Igualdade de Género em Portugal, Lisboa: CITE/ICS.
West, C., & e Zimmerman, D. (1987). “Doing gender”, Gender & Society (pp. 125-151). Consultado em 23 de Outubro de 2017, https://www.gla.ac.uk/0t4/crcees/files/summerschool/readings/WestZimmerman_19 87_DoingGender.pdf