Literatura Infantil na escola: os contos de fadas nas páginas do livro didático

Barra de artigos

PDF (Português (Brasil))
Publicado 28-12-2018

Contido principal do artigo

Dalva Ramos de Resende Matos
Instituto Federal de Goiás
Brasil
http://orcid.org/0000-0002-7279-4140
Biografía
No 5 (2018), Artigos
DOI https://doi.org/10.15304/elos.5.5178
Recibido: 05-06-2018 Aceptado: 27-12-2018 Publicado: 28-12-2018
Copyright Como citar

Resumo

Este trabalho visa socializar parte dos resultados de uma investigação sobre o tratamento dispensado aos contos de fadas em livros didáticos brasileiros do Ensino Fundamental I, com foco nas atividades propostas para o estudo desse gênero literário. Constituem os corpora da pesquisa duas coleções didáticas do Programa Nacional do Livro Didático: Porta aberta: letramento e alfabetização e Porta aberta: língua portuguesa, das autoras Angiolina Bragança e Isabella Carpaneda, da Editora FTD. Os procedimentos de análise e interpretação são predominantemente de enfoque qualitativo, com sustentação em fontes documentais e aportes teóricos interdisciplinares, como Bakhtin (2003), Cosson (2014a, 2014b) e Soares (2001, 2005, 2010). Em linhas gerais, os resultados mostraram que há incidência dos contos de fadas em diferentes versões nessas coleções, numa escolarização que privilegia atividades mais voltadas para uma compreensão passiva, com pouco aprofundamento na exploração do texto literário a ponto de marcar suas especificidades em direção à formação gradual do leitor literário.           

 

Palabras chave

Conto de fadas, Literatura infantil e juvenil, Livro didático de português.
Citado por

Detalles do artigo

Citas

ABRAMOVICH, F. (2010). Literatura infantil: gostosuras e bobices. São Paulo: Scipione.

AGUIAR, V. T. de. (1990). Era uma vez (contos de Grimm). Porto Alegre: Kuarup.

BAKHTIN, M. M. (2003). Estética da criação verbal (8a. ed.). São Paulo: Martins Fontes.

BAKHTIN, M. M. e VOLOCHÍNOV, V. N. (2006). Marxismo e filosofia da linguagem (12a. ed.). São Paulo: Hucitec.

BATISTA, A. A. G. (1999). “Um objeto variável e instável: textos impressos e livros didáticos”. Em ABREU, M. (Org.). Leitura, história e história da leitura (pp. 529-575). São Paulo: Mercado de Letras.

BRASIL. MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO. SECRETARIA DE EDUCAÇÃO FUNDAMENTAL. (1997). Parâmetros curriculares nacionais: primeiro e segundo ciclos do ensino fundamental: língua portuguesa/ Secretaria de Educação Fundamental. Brasília: MEC/SEF.

BRASIL. MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO. SECRETARIA DE EDUCAÇÃO FUNDAMENTAL. (1998). Parâmetros curriculares nacionais: terceiro e quarto ciclos do ensino fundamental: língua portuguesa/ Secretaria de Educação Fundamental. Brasília: MEC/SEF.

BRASIL. CONSELHO NACIONAL DE EDUCAÇÃO. (2006). Resolução 1/2006. Diretrizes Curriculares Nacionais para o Curso de Graduação em Pedagogia ­ licenciatura. Brasília: MEC.

BRASIL MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO. PROGRAMA NACIONAL DE LIVRO DIDÁTICO. (2012). Guia de livros didáticos PNLD 2013: letramento e alfabetização e língua portuguesa. Brasília: MEC/SEB.



BETTELHEIM, B. (2007). A psicanálise dos contos de fadas (21a. ed.). Rio de Janeiro: Paz e Terra.

CARPANEDA, I. P. M. e BRAGANÇA, A. D. (2011a). Porta aberta: letramento e alfabetização (Vols. 1-3). São Paulo: FTD.

CARPANEDA, I. P. M. e BRAGANÇA, A. D. (2011b). Porta aberta: língua portuguesa (Vols. 4-5). São Paulo: FTD.

COELHO, N. N. (1987). O conto de fadas. São Paulo: Ática.

COSSON, R. (2014a). Letramento literário: teoria e prática (2a. ed.). São Paulo: Contexto.

COSSON, R. (2014b). Letramento literário. Em Glossário Ceale: termos de alfabetização, leitura e escrita para educadores. Consultado o 29 de maio de 2018, http://ceale.fae.ufmg.br/app/webroot/glossarioceale/verbetes/letramento-literario

CUNHA, M. A. A. (1994). Literatura infantil: teoria e prática (13a. ed.). São Paulo: Ática.

DALVI, M. A. (2013). “Literatura na escola: propostas didático-metodológicas”. Em Dalvi, M. A., Rezende, N. L. de, & Jover-Faleiros, R. (Orgs.). Leitura de literatura na escola (pp. 67-97). São Paulo: Parábola.

GAMA-KHALIL, M. R. e ANDRADE, P. F. (Orgs.). (2013). As literaturas infantil e juvenil... ainda uma vez. Uberlândia: GpEA: CAPES.

GINZBURG, C. (1991). Mitos, emblemas, sinais: morfologia e história. São Paulo: Companhia das Letras.

HUNT, P. (2010). Crítica, teoria e literatura infantil (Ed. rev.). São Paulo: Cosac Naify.

MATOS, D. R. R. (2016). A escolarização dos contos de fadas: das labaredas de fogo às páginas das coleções didáticas. (Dissertação de mestrado). Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade Federal de Goiás, Jataí.

MATOS, D. R. R. (2018). “O gênero conto de fadas: da esfera literária para a escolar”. Em Aparicio, A. S. M., & Silva. S. R. da. (Orgs.). Gêneros textuais: mediadores no ensino e aprendizagem de línguas (pp. 169-195). Campinas: Pontes Editores.

PADILHA, S. de J. (2005). Os gêneros poéticos em livros didáticos de língua portuguesa do Ensino Fundamental: uma abordagem enunciativo-discursiva (Tese de doutoramento). Programa de Pós-Graduação em Linguística Aplicada e Estudos da Linguagem da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, São Paulo.

RANGEL, E. (2003). “Letramento literário e livro didático de língua portuguesa: ‘os amores difíceis’”. Em Paiva, A. et al. (Orgs.). Literatura e letramento: espaços, suportes e interfaces – O jogo do livro (pp. 125-145). Belo Horizonte: Autêntica.

RODRIGUES, P. C. de A. (2006). A literatura no livro didático de língua portuguesa: a escolarização da leitura literária (Dissertação de Mestrado). Faculdade de Educação da Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte.

ROIG RECHOU, B.-A., LÓPEZ, I. S. e Neira Rodríguez, M. (Coords.) (2010). Reescrituras do conto popular 2000-2009. Vigo: Edicións Xerais de Galicia / Fundación Caixa Galicia.

ROJO, R. A. (2002). “Concepção de leitor e produtor de textos nos PCNs: ler é melhor do que estudar”. Em Freitas, M. T. A., & Costa, S. R. (Orgs.). Leitura e escrita na formação de professores (pp. 31-52). São Paulo: Musa/UFJF/INEP-COMPED.

ROJO, R. A. (2009). Letramentos múltiplos, escola e inclusão social. São Paulo: Parábola Editorial.

SOARES, M. B. (2001). “A escolarização da literatura infantil e juvenil”. Em Evangelista, A. et al. (Orgs.). A escolarização da literatura: o jogo do livro infantil e juvenil (pp. 17-48). Belo Horizonte: Autêntica.

SOARES, M. B. (2005). “Ler, verbo transitivo”. Em PAIVA, A. et al. (Orgs.). Leituras literárias: discursos transitivos (pp. 29-34). Belo Horizonte: Ceale/Autêntica.

SOARES, M. B. (2010). “Alfabetização e literatura”. Revista Educação, 2, 12-29.

SOSA, J. (1978). A literatura infantil. São Paulo: Cultrix.

TODOROV, T. (2004). Introdução à literatura fantástica (3a. ed.). São Paulo: Perspectiva.

TOZONI-REIS, M. F. C. (2010). Metodologia da pesquisa (2a. ed.). Curitiba: Iesde Brasil S.A.

VALRIU, C. (2010). “De la rondalla al conte: La tradició popular en la literatura catalana actual”. Em Roig Rechou, B.-A., López, I. S. e Neira Rodríguez, M. (Coords.). Reescrituras do conto popular 2000-2009 (pp. 63-82). Vigo: Edicións Xerais de Galicia / Fundación Caixa Galicia.

ZILBERMAN, R. (1984). “O estatuto da literatura infantil”. Em Zilberman, R., & Magalhães, L. C. (Orgs.). Literatura Infantil: autoritarismo e emancipação (pp. 3-24, 2a ed.). São Paulo: Ática.

ZILBERMAN, R. (2003). A literatura infantil na escola (11a. ed.). São Paulo: Global.