Contido principal do artigo

Cristina Sobral
Centro de Linguística da Universidade de Lisboa
Portugal
Biografía
Vol 8 (2016), Pescuda, páxinas 205-227
DOI https://doi.org/10.15304/elg.8.2759
Recibido: 16-09-2015 Aceptado: 07-04-2016 Publicado: 26-04-2016
Copyright Como citar

Resumo

No âmbito da construção de um Dicionário Terminológico de Crítica Textual em Português, e partindo de um corpus bibliográfico em português europeu cuja selecção se justifica, analisa-se o uso nele documentado de palavras e expressões do campo da estemática. Analisadas as ocorrências de stemma codicum, estema e árvore genealógica, discute-se o seu estatuto terminológico ou idiossincrático, tendo em conta factores históricos e geográficos da introdução e da prática da crítica textual em Portugal, e propõe-se soluções para a integração destes termos no Dicionário. A análise das ocorrências de lição genuína, lição autêntica, lição primitiva, lição correcta, lição verdadeira, lição original, boa lição conduz ao questionamento teórico dos conceitos de erro, arquétipo e original e resulta em propostas de definição. Procura-se demonstrar que a construção de uma terminologia de crítica textual não pode dispensar a reflexão teórica nem um posicionamento doutrinário que logre superar a diversidade de práticas e assegure a coesão terminológica.

Citado por

Detalles do artigo

Citas

Corpus bibliográfico para documentação de termos

Brocardo, Maria Teresa (1997): “Introdução”, em Crónica do Conde D. Pedro de Meneses de Gomes de Zurara. Edição e Estudo. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian / Junta Nacional de Investi-ação Científica e Tecnológica, 9-170.

Calado, Adelino de Almeida (1998): “Introdução”, em Crónica de Portugal de 1419, edição crítica com introdução e notas de A. A. Calado. Aveiro: Universidade, VII-LI.

Camões, José (2010): “Editar Sá de Miranda: a economia do hipertexto”, em Maria João Reynaud / Francisco Topa (eds.), Crítica Textual & Crítica Genética em Diálogo, Colóquio Internacional. Porto 18-20 de Outubro 2007. Actas. Vols. I-II. München: FCT / Martin Meidenbauer, vol.II, 337-359.

Castro, Ivo (1976-1977): “A edição de 1516 do Cancioneiro Geral de Garcia de Resende”, em colaboração com Helena Marques Dias, Revista da Faculdade de Letras de Lisboa, IV série, nº 1, 93-125.

Castro, Ivo (1995): “Filologia”, Biblos. Enciclopédia Verbo das Literaturas de Língua Portuguesa, 2. Lisboa: Verbo.

Castro, Ivo (1999-2000): “A fascinação dos espólios”, Leituras: Revista da Biblioteca Nacional, série 3, n.º 5, 161-166.

Castro, Ivo (2007): “Introdução”, em Camilo Castelo Branco, Amor de Perdição, edição crítica e genética de I. Castro. Lisboa: Imprensa Nacional-Casa da Moeda, 9-121.

Castro, Ivo (2008): “A importância da rasura no manuscrito de Amor de Perdição”, em Margarida Braga Neves / Maria Isabel Rocheta (eds.), O Domínio do Instável (A Jacinto do Prado Coelho). Porto: Caixotim, 161-180.

Castro, Ivo (2012): “Emendas em curso de escrita”, em Armanda Costa / Inês Duarte (eds.), Nada na linguagem lhe é estranho (Homenagem a Isabel Hub Faria). Porto: Afrontamento, 423-432.

Castro, Ivo (2013): Editar Pessoa. Lisboa: Imprensa Nacional-Casa da Moeda.

Castro, Ivo / Maria Ana Ramos (1986): “Estratégia e táctica de transcrição”, Critique Textuelle Portugaise. Paris: Centre Culturel Calouste Gulbenkian, 99-122.

Cintra, Luís Filipe Lindley (1951): «Introdução», em Crónica Geral de Espanha de 1344. Edição crítica do texto português por L.F.L. Cintra. Vol.1. Lisboa: Imprensa Nacional-Casa da Moeda.

Coelho, Jacinto do Prado (1976): Ao contrário de Penélope. Lisboa: Bertrand.

Correia, Ângela (2010): “Palavras escarninhas de Joam Soares Coelho. Bon Casament’ á, pero sen gran milho”, em Mercedes Brea / Santiago López Martínez-Morás (eds.), Aproximacións ao estudo do Vocabulario trovadoresco. Santiago de Compostela: Xunta de Galícia-Centro Ramon Piñeiro, 135-149.

Díaz de Bustamante, José Manuel (1993): “Manuscritos”, em Giuseppe Tavani / Giulia Lanciani (eds.), Dicionário da Literatura Medieval Galega e Portuguesa. Lisboa: Caminho, 430-431.

Dionísio, João (2007): “Criticus fit”, Veredas 8, 104-125.

Duarte, Luiz Fagundes (1992): “Introdução”, em Eça de Queirós, A Capital! (começos duma carreira), edição crítica por L. F. Duarte. Lisboa: Imprensa Nacional-Casa da Moeda, 15-77.

Duarte, Luiz Fagundes (1993): A fábrica dos textos. Ensaios de Crítica Textual acerca de Eça de Queiroz. Lisboa: Edições Cosmos.

Duarte, Luís Fagundes (2007): “Tempo de perguntar”, Veredas 8, 11-29.

[Duarte, Luiz Fagundes], Glossário de Crítica Textual. Mestrado em Edição de Texto. Faculdade de Ciências Sociais e Humanas, Universidade Nova de Lisboa, s.d.: http://www2.fcsh.unl.pt/invest/glossario/glossario.htm [acedido em 13-09-2015].

Fonseca, Fernanda Irene (2008): “Introdução”, em Vergílio Ferreira, Diário Inédito, ed. de F. I. Fonseca. Lisboa: Bertrand, 11-37.

Godinho, Hélder (2007): “O espólio de Vergílio Ferreira”, Veredas 8, 319-330.

Gonçalves, Elsa (1991): Poesia de Rei – Três Notas Dionisinas. Lisboa: Cosmos.

Gonçalves, Elsa (1993): “Tradição manuscrita da poesia lírica”, em Giuseppe Tavani / Giulia Lanciani (eds.), Dicionário da Literatura Medieval Galega e Portuguesa. Lisboa: Caminho, 627-632.

Lisboa, João Luís / Tiago dos Reis Miranda (2010): “Editar cartas e notícias setecentistas”, em Maria João Reynaud / Francisco Topa (eds.), Crítica Textual & Crítica Genética em Diálogo, Colóquio Internacional. Porto 18-20 de Outubro 2007. Actas. Vols. I-II. München: FCT / Martin Meiden-bauer, vol. II, 311-326.

Macchi, Giuliano (2007): “Introdução”, em Fernão Lopes, Crónica de D.Pedro, edição crítica, introdução e índices de G. Macchi, tradução de Clara Rowland. Lisboa: Imprensa Nacional Casa da Moeda, XI-LXXVII.

Nascimento, Aires A. (1993): “Códice”, em Giuseppe Tavani / Giulia Lanciani (eds.), Dicionário da Literatura Medieval Galega e Portuguesa. Lisboa: Caminho, 160-163.

Novais, Isabel Cadete (2007): “José Régio: enveredando pelos trilhos da sua criação”, Veredas 8, 285-302.

Picchio, Luciana Stegagno (1979): A Lição do Texto. Tradução de Allberto Pimenta. Lisboa: Edições 70.

Pizarro, Jerónimo (2007): “Pessoa existe?”, Veredas 8, 244-259.

Prista, Luís (2007): “Um manuscrito de João Félix Pereira: a Carta sobre a Reforma Ortográfica de Barbosa Leão”, Veredas 8, 147-69.

Reis, Carlos / Maria do Rosário Milheiro (1989): A construção da narrativa queirosiana. Lisboa: Imprensa Nacional-Casa da Moeda.

Reynaud, Maria João (2000): Metamorfoses da escrita. Porto: Campo das Letras.

Sobral, Cristina (2010): “Um manuscrito da Tradição B dos legendários ibéricos”, em José Manuel Fradejas Rueda et al. (eds.), Actas Del XIII Congreso Internacional de la Asociación Hispánica de Literatura Medieval. Valladolid: Ayuntamento de Valladolid / Universidad de Valladolid, 1681-1696.

Tavani, Giuseppe (1993): “Edição crítica”, em Giuseppe Tavani / Giulia Lanciani (eds.), Dicionário da Literatura Medieval Galega e Portuguesa. Lisboa: Caminho, 229-233.

Tavani, Giuseppe (1999-2000): “Edição genética e edição críticogenética: duas metodologias ou duas filosofias?”, Leituras: Revista da Biblioteca Nacional, série 3, n.º 5, 143-149.

Tavani, Giuseppe (1988): Ensaios Portugueses. Lisboa: Imprensa Nacional-Casa da Moeda.

Tavani, Giuseppe (2007): “O texto medieval e as suas misérias e desventura”, Veredas 8, 46-74.

Verdelho, Evelina (1994): Livro das Obras de Garcia de Resende. Edição crítica, estudo textológico e linguístico de E.Verdelho. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 3-124.

West, Martin L. (2002): Crítica Textual e Técnica Editorial. Tradução de António Manuel Ribeiro Rebelo. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian.


Outras obras citadas

Biasi, Pierre-Marc de (1980): “L’élaboration du problématique dans La Légende de Saint Julien L’Hospitalier”, Flaubert a l’oeuvre. Paris: Flammarion, 71-102.

Biasi, Pierre-Marc de (2011): Génétique des textes. Paris: CNRS.

Bonaccorso, Giovanni / Collaborateurs (1983): Corpus Flaubertianum I. Un Coeur Simple, en appendice édition diplomatique et génétique des manuscrits. Paris: Société d’Édition “Les Belles Lettres”.

Duchet, Claude (1980): “Écriture et désécriture de l’Histoire dans Bouvard et Pécuchet”, em Flaubert a l’oeuvre. Paris: Flammarion, 105-33.

Grésillon, Almuth (1994): Eléments de Critique Génétique. Paris: Presses Universitaires de France.

Houaiss, António et al. (2006): Dicionário eletrônico Houaiss da língua portuguesa, s.l., Instituto António Houaiss, Editora Objectiva, versão 1.0.10.

Italia, Paola / Giulia Raboni (2014): Che cos’è la filologia d’autore. Roma: Carocci, 3ª ristampa.

ITEM, Dictionnaire de critique génétique, em linha: http://www.item.ens.fr/index.php?identifier=-dictionnaire [acedido em 13-09-2015].

ITEM, Articles en ligne : parcours du site par notions, em linha: http://www.item.ens.fr/index.php?page=notions [acedido em 13-09-2015].

Lebrave, Jean-Louis (1992): «La critique génétique: une discipline nouvelle ou un avatar moderne de la philologie?», Genesis 1, 33-72. http://www.item.ens.fr/index.php?id=14048 [acedido em 13-09-2015].

Macchi, Giuliano (1966): “Introduzione” em Fernão Lopes, Crónica de D. Pedro, edizione critica, con introduzione e glossario de G.Macchi. Roma: Ateneo, 5-84.

Malato, Enrico (2008): Lessico Filologico. Un approccio alla filología. Roma, Salerno Editrice.

Pavel, Silvia / Diane Nolet (2002): Manual de terminologia, traducido por Beatriz de Vega con la colaboración de Genny González y Yolande Bernard. Canada: Ministro de Obras Públicas y Servicios Gubernamentales de Canadá.

Stussi, Alfredo (2011): Introduzione agli studi di filologia italiana. Bologna: Il Mulino, 4ª ed.

Trovato, Paolo (2014): Everything You Always Wanted to Know about Lachmann’s Method. A Non-Standard Handbook of Genealogical Textual Criticism in the Age of Post-Structuralism, Cladistics, and Copy-Text. Padova: libreriauniversitaria.it.

Wetherill, Michael (1980): “C’est là ce que nous avons eu de meilleur”, em Flaubert a l’oeuvre. Paris: Flammarion, 35-68.