"Este animal aflito”: leitura de três últimos homens em tempos apocalípticos pelas mãos de Mary Shelley, Pepetela e Miguel Real
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Resumen
Em qualquer contexto literário distópico –obra total ou moldura diegética de uma contra-proposta utópica– a figura do último homem, do indivíduo só, do único sobrevivente, assume-se comummente como o guardião do que foi e toma para si um papel civilizacional. A partir da análise de três romances profundamente distintos -The Last Man, de Mary Shelley (1826), O Quase Fim do Mundo, de Pepetela (2013) e O Último Europeu 2284, de Miguel Real (2015)- foi possível delinear os pontos cardiais destas figuras literárias, mas também filosóficas, e confirmar que a figura querida dos românticos mantém a plasticidade e o potencial sugestivo de antanho.
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Referencias
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