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Sofia Araújo
Instituto Politécnico do Porto / CETAPS / CITCEM / ILC-ML (FLUP)
Portugal
Núm. 57 (2020): 2º semestre, Notas, Páginas 5-15
DOI: https://doi.org/10.15304/bgl.57.7102
Recibido: 16-09-2020 Aceptado: 02-11-2020 Publicado: 29-12-2020
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Resumen

Em qualquer contexto literário distópico –obra total ou moldura diegética de uma contra-proposta utópica– a figura do último homem, do indivíduo só, do único sobrevivente, assume-se comummente como o guardião do que foi e toma para si um papel civilizacional. A partir da análise de três romances profundamente distintos -The Last Man, de Mary Shelley (1826), O Quase Fim do Mundo, de Pepetela (2013) e O Último Europeu 2284, de Miguel Real (2015)- foi possível delinear os pontos cardiais destas figuras literárias, mas também filosóficas, e confirmar que a figura querida dos românticos mantém a plasticidade e o potencial sugestivo de antanho.

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Referencias

Fisch, A. A. (1993). Plaguing Politics: AIDS, Deconstruction, and The Last Man. En A. A. Fisch, A. K. Mellor e E. H. Schor (Eds.). The Other Mary Shelley: Beyond Frankenstein (pp. 267-286). Oxford University Press.

Johnson, B. (1883). The Last Man. En A. A. Fisch, A. K. Mellor e E. H. Schor (Eds.). The Other Mary Shelley: Beyond Frankenstein (pp. 258-266). Oxford University Press.

Pepetela (2013). O Quase Fim do Mundo. Leya

Real, M. (1998). Portugal Ser e Representação. Difel

Real, M. (2011). Introdução à Cultura Portuguesa. Planeta Manuscrito

Real, M. (2015). O Último Europeu 2284. Publicações Dom Quixote

Shelley, M. (2004). The Last Man. Wordsworth Classics

Stafford, F. J. (1994). The Last of the Race: The Growth of a Myth from Milton to Darwin. Clarendon Press.