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Maria Marta Pereira Scherre
Universidade Federal do Espírito Santo Universidade de Brasília
Brazil
Biography
Lilian Coutinho Yacovenco
Universidade Federal do Espírito Santo
Brazil
Biography
Anthony Julius Naro
Universidade Federal do Rio de Janeiro
Brazil
Biography
2018: Número especial, Pescuda, pages 13-27
DOI: https://doi.org/10.15304/elg.ve1.3585
Submitted: 15-09-2016 Accepted: 15-05-2017 Published: 09-02-2018
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Abstract

In this paper we discuss the linguistic embedding of variation and change in the 1st person plural pronouns nós and a gente, both used for ‘we’ in Brazilian Portuguese. We analyze nós with plural morpheme -mos; nós without plural morpheme -mos; a gente without plural morpheme -mos. Joint analysis of these constructions permits insight into the sociolinguistic dynamics of the entry and implementation of a gente in the pronominal system. Basing ourselves on the Theory of Variation and Change and the proposals of Naro/ Gӧrski/ Fernandes (1999), Naro et al. (2017), and Scherre et al. (2014), we analyze data from the speech of Baixada Cuiabana and Vitória. Baixada Cuiabana exhibits a characteristic way of speaking, whereas speakers from Vitória do not exhibit special or defining speech characteristics. We find that Baixada Cuiabana favors nós, while Vitória prefers a gente. Both areas favor nós with -mos in the preterit. Baixada Cuiabana uses more nós without -mos in the imperfect and in the present with the same form as the preterit. In order to avoid nós without -mos, Vitória uses a gente without -mos more frequently in the imperfect and the present. Greater use of nós falamos ‘we spoke’, a gente falava ‘we used to speak’ and a gente fala ‘we speak’ fits in with the general tendency toward increased use of concord in urban areas (Naro/Scherre 2013). Our results reveal robust ordered linguistic heterogeneity and clarify the path followed by the speech community in minimizing sociolinguistic conflict in variable subject/verb agreement.

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