Contido principal do artigo

Clara Pinto
Universidade de Lisboa
Portugal
Biografía
2018: Número especial, Pescuda, páxinas 107-122
DOI https://doi.org/10.15304/elg.ve1.3552
Recibido: 06-09-2016 Aceptado: 15-05-2017 Publicado: 09-02-2018
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Resumo

O presente artigo céntrase nos indefinidos negativos do portugués antigo. Presta especial atención a nemigalha, un indefinido negativo que desapareceu da lingua por volta do século XVI. Mostraremos que nemigalha resulta da reanálise da partícula negativa nem e do minimizador migalha nun estadio moi inicial da lingua. Nemigalha comeza sendo un elemento de polaridade negativa fraco que se torna en elemento de polaridade negativa forte, de acordo coa proposta avanzada por Martins (1997, 2000). Como se sabe, os minimizadores poden tornarse elementos intrinsecamente negativos, e son bos candidatos a completar o ciclo de Jespersen (Jespersen 1917). Aínda que nemigalha non completase este ciclo, parece que si completou as fases de gramaticalización propostas por Garzonio & Poletto (2008, 2009), pois perdeu as súas propiedades de nome común e pasou a poder aparecer só, en posición preverbal, como único marcador negativo. A comparación entre nemigalha e o indefinido negativo nada mostra que ambas as palabras se comportaban de forma idéntica, pois aparecían no mesmo tipo de contextos. Isto apunta á posibilidade de que fosen unidades en competición ata a desaparición de nemigalha. Finalmente, algúns exemplos do século XVI suxiren que nemigalha puido tornarse un elemento máis funcional, xurdindo como marcador negativo en contextos presuposicionais (cf. Larrivée 2010 e Hansen 2013).

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