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Jacyra Andrade Mota
Universidade Federal da Bahia Salvador-Bahia - Brasil
Brasil
Biografía
Paulo Henrique de Souza Lopes
Universidade Federal da Bahia
Brasil
Biografía
2018: Número especial, Pescuda, páxinas 209-218
DOI https://doi.org/10.15304/elg.ve1.3480
Recibido: 26-07-2016 Aceptado: 20-10-2017 Publicado: 09-02-2018
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Resumo

Neste artigo, discute-se a proposta de divisão dialetal de Nascentes (1953) em dois subfalares do Norte (o amazônico e o nordestino), a partir do timbre aberto ou fechado das vogais médias pretônicas, confrontando-a com dados atuais, que integram o corpus do Projeto Atlas Linguístico do Brasil (ALiB), referentes às capitais. Para a análise, consideraram-se as respostas aos questionários Fonético-Fonológico (QFF) e Semântico-Lexical (QSL), aplicados a 120 informantes, oito por localidade, distribuídos pelas seis capitais da região Norte e pelas nove capitais da região Nordeste, estratificados quanto à faixa etária, sexo e nível de escolaridade, de acordo com a metodologia do Projeto ALiB. Os dados foram submetidos à análise estatística (Goldvarb 2001) e são apresentados em percentuais e em pesos relativos (P. R.). Os resultados corroboram a divisão do país em duas grandes áreas, como propôs Nascentes, ao lado de diferenças entre as capitais do Norte e do Nordeste e semelhanças entre o falar baiano e o falar nordestino. Apontam, ainda, fatores que favorecem a manutenção das variantes médias fechadas, tanto linguísticos quanto sociais, destacando-se, entre os últimos, a faixa etária I (indivíduos entre 18 e 30 anos), o que se interpreta como indício de mudança em direção às variantes de mais prestígio no português do Brasil.

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