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Joana D'arc Oliveira
Instituto de Arquitetura e Urbanismo - Universidade de São Paulo
Brasil
http://orcid.org/0000-0002-4122-0523
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Maria Angela P. C. S. Bortolucci
Instituto de Arquitetura e Urbanismo - Universidade de São Paulo
Brasil
http://orcid.org/0000-0002-8237-1862
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n. 30 (2018): Bioeconomía y Memoria Ecológica de los Territorios: Transdisciplinariedad para un Futuro Sostenible, Artigos
DOI: https://doi.org/10.15304/s.30.5369
plugins.themes.xejournal.currentIssueSubmitted: 24-07-2018 plugins.themes.xejournal.currentIssueAccepted: 19-11-2018 plugins.themes.xejournal.currentIssuePublished: 20-12-2018
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Resumo

Analisa o processo de configuração dos territórios negros urbanos no pós-abolição no município de São Carlos-SP (Brasil) tendo como referência o bairro Vila Isabel e a trajetória e o espaço doméstico de Geralda Fermiano. A cidade foi uma das regiões que integrou o conjunto de municípios paulistas que teve a economia alicerçada na cafeicultura alavancada principalmente pelo trabalho escravo de homens e mulheres em meados do século XIX. O município contou com um número considerável de cativos desde o início de sua ocupação, passando de 1.568 no ano de 1874 para 3.725 em 1885. Com a abolição do sistema escravista em 1888, que resultou da luta, da atuação e da resistência dos abolicionistas, muitos deles negros livres e escravos, o espaço urbano se tornou locus de ocupação para grande parte desses sujeitos que optaram pela "vida nas cidades". As leis e códigos de posturas que vigoravam no período tomaram para si, desde o fim da escravidão, o papel de expulsar, impedir e marginalizar a massa de libertos. Em São Carlos, uma das estratégias segregacionistas encampadas pelo Estado e pela sociedade civil, foi a criação de loteamentos nas franjas da área urbana que, não por acaso, abrigaram uma população pobre e majoritariamente negra, como é o caso da Vila Isabel. Nesses lugares, homens e mulheres negros criaram e recriaram seus territórios, trazendo para si a responsabilidade pela preservação, manutenção e transmissão de seus legados culturais. A partir do mapeamento e registro desses territórios o artigo explora importante referencial teórico, dialogando com autores como Hebe Mattos, Ana Lugão Rios, Eric Foner, Kimberlé Crenshaw, Sidney Chalhoub, Walter Fraga Filho, Simoni Guedes entre outros. Contribui para o processo de visibilidade, conhecimento e valorização do patrimônio cultural das populações negras do Brasil.

 

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