Contenido principal del artículo

Maria Antónia Lopes
Universidade de Coimbra - Faculdade de Letras
Portugal
https://orcid.org/0000-0002-8485-4649
Núm. 32 (2023): Mujeres emprendedoras en el Antiguo Régimen: negociantas, empresarias, vendedoras, comerciantes..., Artículos
DOI: https://doi.org/10.15304/ohm.32.8806
Recibido: 02-11-2022 Aceptado: 11-04-2023 Publicado: 20-06-2023
Derechos de autoría Cómo citar

Resumen

Este artículo estudia las actividades económicas desarrolladas por las mujeres en una ciudad portuguesa, Coimbra, durante la edad moderna, valorando su importancia numérica, su protagonismo y su capacidad de decisión en la vida socioeconómica de la urbe. Se trataba de una ciudad de tamaño mediano, sede episcopal y universitaria, pero bajo esta imagen de ciudad tradicional, tenía una intensa actividad económica que era gestionada y vigilada por la Cámara Municipal, en especial lo referente al suministro diario. Después de aclarar la situación jurídica de las mujeres portuguesas en términos de propiedad y de trabajo —que todavía es objeto de malentendidos—, se subraya que el estado civil no fue determinante para el ejercicio de profesiones autónomas. Utilizando fuentes administrativas y un tratamiento cuantitativo, el artículo se centra en las mujeres que trabajaban por cuenta propia y no en las asalariadas. Se concluye que las mujeres aparecen en múltiples actividades (cerca de cien profesiones diferentes); que eran dos tercios de los comerciantes autónomos, tanto a mediados del siglo XVII como a principios del XIX; que la mayoría de las actividades comerciales no estaban segregadas por género, y hombres y mujeres las realizaban en competencia; que en los siglos XVI y XVII, las mujeres obtenían cartas de examen y estaban integradas en los gremios de una decena de oficios, ya que el cierre de los gremios a las mujeres solo se dio durante el siglo XVIII; y que, si bien las actividades económicas estaban intensamente reguladas y supervisadas por las autoridades municipales, las mujeres a menudo ofrecían resistencia, pasiva o activa a esa regulación.

Citado por

Detalles del artículo

Referencias

Abreu-Ferreira, Darlene (2000), «Fishmongers and Shipowners: Women in Maritime Communities of Early Modern Portugal», The Sixteenth Century Journal, 31-1, pp. 7-23. .

Abreu-Ferreira, Darlene (2001), «From mere survival to near success: Women’s Economic Strategies in Early Modern Portugal», Journal of Women's History, 13-2, pp. 58-79. .

Abreu-Ferreira, Darlene (2002), «Work and Identity in Early Modern Portugal: What Did Gender Have to Do with It?», Journal of Social History, 35-4, pp. 859-887. .

Almeida, Manuel Lopes de (1970), Artes e ofícios em documentos da Universidade 1. Século XVII [escrituras], Coimbra, Universidade de Coimbra.

Almeida, Manuel Lopes de (1971), Artes e ofícios em documentos da Universidade 2. Século XVIII (1701-1725) [escrituras], Coimbra, Universidade de Coimbra.

Almeida, Manuel Lopes de (1974), Artes e ofícios em documentos da Universidade 3. Século XVIII (1726-1753) [escrituras], Coimbra, Universidade de Coimbra.

Almeida, Luís Ferrand de (1984), «Motins populares no tempo de D. João V: breves notas e alguns documentos», Revista de História das Ideias, 6, pp. 321-343. .

Capelão, Rosa, Giesteira, Cristina, Polónia, Amélia (2016), «Mulheres que curam no Portugal moderno», en Araújo, Maria Marta y Pérez Álvarez, María José (coords.), Do silêncio à ribalta. Os resgatados das margens da História (séculos XVI-XIX), s.l., Lab2PT, pp. 83-100.

Carneiro, Marinha (2003), Ajudar a nascer. Parteiras, saberes obstétricos e modelos de formação (séculos XV-XX), Porto, Tese de Doutoramento. .

Cortesão, Jaime (1984), Alexandre de Gusmão e o Tratado de Madrid, Lisboa, Livros Horizonte.

Crowston, Clare (2008), «Women, Gender and Guilds in Early Modern Europe: An overview of recent research», International Review of Social History, supl. 16, pp. 19-44. .

Dermineur, Elise M. (2018a). «Credit, Strategies, and Female Empowerment in Early Modern France», en Dermineur, Elise (ed.), Women and Credit in Pre-Industrial Europe, Brepols, Turnhout, pp. 253-280. .

Dermineur, Elise M. (2018b), «Women and Credit in Pre-Industrial Europe: an Overview», en Dermineur, Elise (ed.), Women and Credit in Pre-Industrial Europe, Brepols, Turnhout, pp. 1-18. .

Fontaine, Laurence, (2013), «Makeshift, Women and Capability in Preindustrial European Towns», en Simonton, Deborah y Montenach, Anne (ed.), Female agency in the urban economy. Gender in European towns, 1640–1830 London/New York, Routledge, pp. 56-72. .

Fonseca, Teresa (2020), «A mulher e o trabalho no Alentejo e Algarve do Antigo Regime», en Lopes de Barros, María Filomena e Gato, Ana Paula (ed.), Desigualdades, Évora, Cidehus, .

Guimarães, Elina (1986), «A mulher portuguesa na legislação civil», Análise Social, 22, 92-93, pp. 557-577.

Hespanha, António Manuel (2015), Como os juristas viam o mundo. 1550-1750. Direitos, estados, coisas, contratos, ações e crimes, Lisboa, Ed. CEDIS.

Indices e summarios dos livros e documentos mais antigos e importantes do Archivo da Câmara Municipal de Coimbra, publicados por Campos, João Correia Ayres de, Coimbra, Imprensa da Universidade, 1867.

Lançamento aos Offeciaes Mecanicos donos de Loja Aberta, Lugares de venda nas Praças publicas, e fora dellas [...] em comprimento do Decreto do primeiro de Fevereiro do corrente Anno de 1808 pub. por Andrade, Carlos Santarém in «'A contribuição extraordinária de guerra' no termo de Coimbra em 1808», Arquivo Coimbrão, 31-32, 1988-89, pp. 121-251.

Lopes, Maria Antónia (2000), Pobreza, assistência e controlo social em Coimbra 1750-1850, 2 vols., Viseu, Palimage.

Lopes, Maria Antónia (2005a), «Repressão de comportamentos femininos numa comunidade de mulheres – uma luta perdida no Recolhimento da Misericórdia de Coimbra (1702-1743)», Revista Portuguesa de História, 37, pp. 189-229.

Lopes, Maria Antónia (2005b), «Sebastiana da Luz, mercadora coimbrã setecentista (elementos para a história de As mulheres e o trabalho)», Revista de História da Sociedade e da Cultura, 5, pp. 133-156.

Lopes, Maria Antónia (2015), «Mulheres e trabalho em Coimbra (Portugal) no século XVIII e inícios do XIX», in Iglesias Rodríguez, Juan J., Pérez García, Rafael M y Fernández Chaves, Manuel Francisco (eds.), Comercio y cultura en la Edad Moderna, Sevilla, Editorial Universidad, pp. 1769-1787.

Lopes, Maria Antónia (2019), «Enfermeiros e enfermeiras nos hospitais portugueses dos seculos XVIII e XIX: continuidades e ruturas», in Esteves, Alexandra (coord.), Homens, Instituições e Políticas, Guimarães, Lab2PT, pp. 154-173.

Lopes, Maria Antónia (2020), «Gente detida pelas autoridades académicas em Coimbra (1768-1806): polícia, infrações e resistência de mulheres e homens aprisionados» in Mantecón Movellán, Tomás, Torres Arce, Marina y Truchuelo García, Susana (eds.), Dimensiones del conflicto: resistencia, violencia y policía en el mundo urbano, Santander, Universidad de Cantabria, pp. 487-511. .

Lopes, Maria Antónia (en prensa), «Mulheres contratadoras de rendas, bens e serviços na Idade Moderna: Câmara Municipal e Universidade de Coimbra», Revista Portuguesa de História.

Mantecón Movellán, Tomás, Torres Arce, Marina y Truchuelo García, Susana (2020, eds.), Dimensiones del conflicto: resistencia, violencia y policía en el mundo urbano, Santander, Universidad de Cantabria.

Mata, Cristóvão (2014), O Poder Local em Penela (1640-1834), Coimbra, Palimage.

Montenach, Anne, (2012, dir.), Agency: un concept opératoire dans les études de genre?, Rives méditerranéennes, 41. .

Montenach, Anne y Simonton Deborah (2013), «Introduction: Gender, Agency and Economy: Shaping the Eighteenth-Century European Town», en Simonton, Deborah y Montenach, Anne (ed.), Female agency in the urban economy. Gender in European towns, 1640–1830 London/New York, Routledge, pp. 1-14.

Mota, Guilhermina (1986), «O trabalho feminino e o comércio em Coimbra (séculos XVII-XVIII). Notas para um estudo», en Atas do colóquio ‘A Mulher na sociedade portuguesa: visão histórica e perspectivas atuais’, 22 de março de 1985, Coimbra, FLUC, vol.1, pp. 351-367.

Mota, Guilhermina (2010), «Famílias em Coimbra nos séculos XVIII e XIX», Revista de História da Sociedade e da Cultura, 10-2, pp. 353-385. .

Neto, Margarida Sobral (2001), «O papel da mulher na sociedade portuguesa setecentista. Contributo para o seu estudo», en Furtado, Júnia (ed.), Diálogos Oceânicos. Minas Gerais e as novas abordagens para uma história do Império Ultramarino Português, Belo Horizonte, UFMG, pp. 25-44.

Olgivie, Sheilagh (2003), Bitter Living. Women, Markets, and Social Capital in Early Modern Germany, Oxford/New York, Oxford University Press.

Oliveira, Eduardo Freire de (1901), Elementos para a história do município de Lisboa, Lisboa, Typ. Universal, t. XI.

Oliveira, António de (2016), A vida económica e social de Coimbra de 1537 a 1640, 3 vols., Coimbra, Palimage (1ª ed., 1970-1971).

Palma, Nuno, Reis, Jaime y Rodrigues, Lisbeth (2022), «Historical gender discrimination does not explain comparative Western European development: Evidence from Portugal, 1300-1900», Explorations in Economic History. .

Patrício, Sandra (s.d.), As mulheres no Arquivo Municipal de Sines. Época Moderna e Liberalismo, Sines, Câmara Municipal.

Polónia, Amélia (2009), «Women's Participation in Labour and Business in the European Maritime Societies in the Early Modern Period: A Case Study (Portugal: 16th Century)», en Famiglia nell'economia europea, secoli XIII-XVIII, Firenze, Firenze University Press.

Reis, Maria de Fátima (2001), «A mulher e o trabalho no espaço urbano nos séculos XVII e XVIII», en A Mulher na História. Actas, Moita, Câmara Municipal, pp. 203-214.

Rey Castelao, Ofelia y Rial García, Serrana (2010), Historia das mulleres en Galicia. Idade Moderna, Santiago de Compostela, Xunta de Galicia/Nigratrea.

Rial García, Serrana (2009), «Trabajo femenino y economía de subsistencia: el ejemplo de la Galicia Moderna», Manuscrits, 27, pp. 77-99. .

Rial García, Serrana y Rey Castelao, Ofelia (2008), «Las viudas de Galicia a fines del Antiguo Régime», Chronica Nova, 34, pp. 91-122. .

Ribeiro, Ana Isabel (2012), Nobrezas e Governança. Identidades e perfis sociais (Coimbra 1777-1820), Coimbra, Tese de Doutoramento.

Sá, Isabel dos Guimarães (2021), «Gendering Practices and Possibilities in Portugal and its Empire during the Early Modern Period», en Bethencourt, Francisco (ed.), Gendering the Portuguese-Speaking World: From the Middle Ages to the Present, Leiden, Brill, pp. 49-70.

Sarasúa, Carmen (2019), «Women’s work and structural change: occupational structure in eighteenth-century Spain», Economic History Review, 72 (2), pp. 481-509. .

Scott, James (1985). Weapons of the weak: everyday forms of peasant resistance, New Haven, Yale University Press.

Silva, Francisco Ribeiro da (1985), O Porto e o seu termo (1580-1640): os homens, as instituições e o poder, Porto, Tese de doutoramento, 2 vols. .

Silva, Filipa Ribeiro da y Carvalhal, Hélder (2020), «Reconsidering the Southern European Model: Marital Status, Women's Work and Labour Relations in Mid-Eighteenth-Century Portugal», Revista de Historia Economica/Journal of Iberian and Latin American Economic History, 38(1), pp. 45-77.

Soares, Sérgio (2001), O município de Coimbra da Restauração ao Pombalismo. Geografia do poder municipal, Coimbra, CHSC.

Soares, Sérgio (2004), O município de Coimbra da Restauração ao Pombalismo. Práticas e processos da formação camarária, Coimbra, CHSC.

Tengarrinha, José (1981), «As greves em Portugal: uma perspectiva histórica do século XVIII a 1920», Análise Social, 17 (67-68), pp. 573-601.

Titulo do Regimento da festa do Corpo de Deus, e de como ham de ir os officios cada huu em seu lugar da procissão [1517], publicado por Figueiredo, A. C. Borges, Coimbra antiga e moderna, Lisboa, Livraria Ferreira, 1886, pp. 286-291.

Truant, Cynthia (1996), «La maîtrise d'une identité? Corporations féminines à Paris aux XVIIe et XVIIIe siècles», Clio. Histoire‚ femmes et sociétés, 3, pp. 55-70. .

Van der Heijden, Manon y Schmidt, Ariadne (2010), «Public Services and Women’s Work in Early Modern Dutch Towns», Journal of Urban History, 36 (3), pp. 368-385. .

Zucca Micheletto, Beatrice (2013), «Femmes, transmission du métier et accès aux corporations dans l’Italie moderne (Turin, XVIIIe siècle). Lumières et ombres des ‘liens forts’», en Bellavitis, Anna, Casella, Laura y Raines, Dorit (eds.), Construire les liens de famille dans l’Europe moderne, Rouen, Presses Universitaires de Rouen et du Havre, pp. 109-124.

Zucca Micheletto, Beatrice (2014), «Only unpaid labour force? Women’s and girls’ work and property in family business in early modern Italy», The History of the Family, London/New York, Routledge, pp. 109-124.

Zucca Micheletto, Beatrice (2015), «‘Ha continuato a tenere fabbrica e negozio aperto’: travail, propriété et relations sociales des veuves des maîtres entre pratiques et normes en Italie à l’Époque Moderne (Turin, XVIIIe siècle)», Obradoiro de Historia Moderna, 24, pp. 171-194. .