MUJERES URBANAS Y TRABAJO AUTÓNOMO EN LA EDAD MODERNA PORTUGUESA (COIMBRA, 1500-1834)
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Resumen
Este artículo estudia las actividades económicas desarrolladas por las mujeres en una ciudad portuguesa, Coimbra, durante la edad moderna, valorando su importancia numérica, su protagonismo y su capacidad de decisión en la vida socioeconómica de la urbe. Se trataba de una ciudad de tamaño mediano, sede episcopal y universitaria, pero bajo esta imagen de ciudad tradicional, tenía una intensa actividad económica que era gestionada y vigilada por la Cámara Municipal, en especial lo referente al suministro diario. Después de aclarar la situación jurídica de las mujeres portuguesas en términos de propiedad y de trabajo —que todavía es objeto de malentendidos—, se subraya que el estado civil no fue determinante para el ejercicio de profesiones autónomas. Utilizando fuentes administrativas y un tratamiento cuantitativo, el artículo se centra en las mujeres que trabajaban por cuenta propia y no en las asalariadas. Se concluye que las mujeres aparecen en múltiples actividades (cerca de cien profesiones diferentes); que eran dos tercios de los comerciantes autónomos, tanto a mediados del siglo XVII como a principios del XIX; que la mayoría de las actividades comerciales no estaban segregadas por género, y hombres y mujeres las realizaban en competencia; que en los siglos XVI y XVII, las mujeres obtenían cartas de examen y estaban integradas en los gremios de una decena de oficios, ya que el cierre de los gremios a las mujeres solo se dio durante el siglo XVIII; y que, si bien las actividades económicas estaban intensamente reguladas y supervisadas por las autoridades municipales, las mujeres a menudo ofrecían resistencia, pasiva o activa a esa regulación.
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