Contenido principal del artículo

Leonardo Lennertz Marcotulio
Universidade Federal do Rio de Janeiro
Brasil
Biografía
Cláudio Leonardo João Pedro Castilho R. B. dos Santos
Universidade Federal do Rio de Janeiro
Brasil
2018: Número especial, Pescuda, Páginas 139-153
DOI: https://doi.org/10.15304/elg.ve1.3545
Recibido: 03-09-2016 Aceptado: 24-01-2017 Publicado: 09-02-2018
Derechos de autoría Cómo citar

Resumen

Diferentemente das gramáticas contemporâneas do galego e do português, em que somente são possíveis construções analíticas de posse correlacionadas às novas formas gramaticalizadas (del(es), dela(s), de vostede(s), para o galego; e dele(s), dela(s), de você(s), da gente, para o português), textos escritos em galego-português fornecem evidências de que a gramática medieval é capaz de licenciar construções com pronomes de 1ª e 2ª pessoas (de mim, de ti, de nós, de vós). A partir de um corpus constituído por textos escritos entre os séculos XIII e XVI (Maia 1986), o objetivo deste trabalho é investigar a distribuição e o comportamento sintático dessas construções medievais. Como hipótese de trabalho, argumentamos que as construções analíticas medievais com leitura possessiva são sintaticamente distintas dos possessivos analíticos das gramáticas contemporâneas, razão pela qual não competiam com os possessivos simples em todos os contextos estruturais, apresentando, portanto, uma produtividade limitada. Tais construções teriam sido eliminadas da língua, nos contextos de variação com os possessivos simples correspondentes, após terem sido reanalisadas como sintagmas genitivos.

Citado por

Detalles del artículo

Referencias

Castro, Ana (2006): On possessives in Portuguese. Universidade Nova de Lisboa. Tese de doutoramento inédita.

Dono González, María Jesús (1978): O posesivo e outras formas de expresa-las mesmas relacións, na prosa galega medieval. Universidade de Santiago de Compostela. Tese de licenciatura inédita.

Ferreiro, Manuel (19953): Gramática histórica galega. Santiago de Compostela: Edicións Laiovento.

Giorgi, Alessandra / Giuseppe Longobardi (1991): The syntax of Noun Phrases: configurations, parameters and empty categories. Cambridge / New York: Cambridge University Press.

Lorenzo, Ramón (2007): “Os notarios e a lingua nos comezos da escrita documental en galego”, en Ana Isabel Boullón Agrelo (ed.), Na nosa lyngoage galega: a emerxencia do galego como lingua escrita na Idade Media. Santiago de Compostela: Consello da Cultura Galega / Instituto da Lingua Galega, 313-372.

Luz, Marilina dos Santos (1958): Fórmulas de tratamento no português arcaico – subsídios para o seu estudo. Separata da Revista Portuguesa de Filologia. Vols. VII, VIII e IX. Coimbra: Ed. Casa do Castelo.

Maia, Clarinda de Azevedo (1997 [1986]): História do galego-português. Estado linguístico da Galiza e do Noroeste de Portugal desde o século XIII ao século XVI. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian / Junta Nacional de Investigação Científica e Tecnológica

Marcotulio, Leonardo / Dalila Mendes dos Santos de Assis / Rafaela de Carvalho Guedes (2015): “De-possessivos de 2ª pessoa na história do português brasileiro”, Diacrítica (Braga) 29, v. 1, 203-231.

Mattos e Silva, Rosa Virgínia (1989): Estruturas trecentistas. Elementos para uma gramática do Português Arcaico. Lisboa: Imprensa Nacional / Casa da Moeda.

Müller, Ana (1996): “A estrutura do sintagma nominal com argumentos genitivos”, Caderno de estudos linguísticos 31, 71-89.

Perini, Mário Alberto (1985): “O surgimento do sistema possessivo do português coloquial: uma interpretação funcional”, DELTA 1 (1 e 2), 1-16.

Said Ali, Manuel (19643): Gramática histórica da língua portuguesa. São Paulo: Edições Melhoramentos.

Santos, Cláudio (2015): “Aspectos morfossintáticos do galego-português medieval: rearranjos no quadro de possessivos”. Comunicação apresentada na XXXVII Jornada Giulio Massarani de Iniciação Científica, Tecnológica, Artística e Cultural, Universidade Federal do Rio de Janeiro.

Silva Domínguez, Carme (2002): Frases nominais con posesivo en galego. Estructura e valores referenciais. Santiago de Compostela: Universidade de Santiago de Compostela (Anexo 50 de Verba, Anuario galego de filoloxía).

Väänänem, Veikko (19883): Introducción al latín vulgar. Versión española de Manuel Carrión. Madrid: Gredos

Artículos más leídos del mismo autor/a(s)